sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Cidadania, pouca, mas cada vez mais...

Caldas da Rainha, uma cidade, um concelho, uma terra de águas estagnadas como muitos dizem. Mas se existe esta estagnação é porque cada um de nós compactua com tal, cada um de nós se limita ao seu umbigo, ignorando que do seu corpo surgem braços, pernas, olhos, ouvidos, boca e um conjunto de armas que agitam estas águas estagnadas se assim o entender.
Cada um de nós deve ter algo a dizer sobre a sua terra e acima de tudo interagir com ela. Desta interação surge a cidadania participativa, mais que uma forma de estar, uma forma de ser na sociedade, intervindo nesta para que responda aos seus anseios e ao dos outros, numa partilha em comunidade, sujeito a deveres e direitos.
A construção de uma sociedade mais justa para todos não se faz com a governação de quem tem esse poder, mas sim constrói-se partindo da interação entre os governantes e os cidadãos. A nível local esta premissa ganha uma dimensão maior. Os cidadãos têm obrigação de ter um papel activo na sua rua, no seu bairro, na sua cidade, na sua freguesia, no seu concelho. Intervir junto do poder local, que eleito por maioria em eleições democráticas tem o poder de governar as freguesias e o concelho, mais que um direito, constitui-se um dever.
O poder local tem obrigação de escutar os cidadãos pois só assim consegue responder às necessidades do concelho, governar da melhor forma para a melhoria das condições de todos. É através da cidadania participativa que atingimos esse paradigma.
Contudo as águas estagnadas das Caldas da Rainha só o são porque os cidadãos e a cidadania neste concelho adormecem num sono de quem apenas pretende sonhar em vez de acordar e fazer-se ouvir! O alheamento dos cidadãos da politica local tem trazido graves problemas e basta olhar para a nossa cidade que facilmente detetamos que os caldenses, efectivamente têm andado a dormir. Uma simples intervenção cidadã, devia começar pela presença nas assembleias municipais e de freguesia, onde se votam e decidem muitas politicas do concelho. A simples presença já permitia formar opiniões e emiti-las, contudo a participação cidadã fica por casa a assistir a lixos televisivos, enquanto quem nos governa usa o cartão verde que diariamente os cidadãos oferecem!
Numa cidade com tantos tipos de cidadania, enunciados por alguém incomodado com estas questões, que vai desde os meros cidadãos, aos cidadãos normais, até aos "arautos da cidadania", concluindo que por cá "há tanta cidadania que até chateia", sinceramente poucos se dão ao trabalho de serem verdadeiros cidadãos, mas felizmente há alguns que não dormem e sejam que tipo de cidadãos forem nas classificações anteriores, estão a fazer o seu trabalho.
Hoje, Caldas da Rainha é ou não um concelho mais participativo e "agitado"?
 
 

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