É hoje, finalmente a inauguração da "obra do regime autárquico caldense"! O tão grandioso Parque de Estacionamento Subterrâneo, coqueluche do actual executivo camarário, obra major da Regeneração Urbana...
De data em data, a sua finalização e respectiva inauguração tem sido anunciada, desculpa após desculpa onde São Pedro foi um dos grandes responsáveis, na voz do autarca local, a par das crises e falências dos construtores, entre outras razões assumidas como desculpáveis... mas hoje, dia 1 de Março de 2015 (quase parece 1 de Abril), onde São Pedro continua a piscar o olho, de seu alto pedestal, ora com umas nuvens, ora com uns raios de sol a espreitar, irá será inaugurado, pelas 18 horas (talvez mais 55 minutos de atraso que o Sr. Presidente tem agenda preenchida), com a habitual feira de vaidades e direito a croquete! Bem, acho que nestas coisas das "grandes obras", nada como baptizar a obra e deixo aqui duas sugestões de nomes para o "buraco", recorrendo de forma facilitada aos hipotéticos cognomes com que classificaria os actuais autarcas. A primeira sugestão poderia ser:
- Parque Subterrâneo Dr. Tinta Ferreira, o "falsas datas" - Nem na última data acertou! Depois de datas atrás de datas, surge a última, avançada pela Gazeta das Caldas como 28 de Fevereiro e mesmo assim ficou para 1 de Março ou quiçá não me admira nada que o Dr. Tinta Ferreira classifique como mero erro editorial da Gazeta, recentemente promovida a "pasquim" nos últimos dias, pelo executivo camarário...
- Parque Subterrâneo Dr. Hugo Oliveira, o "escondido" - Apelidado, como "pai", "irmão" ou qualquer filiação familiar desta Regeneração Urbana, não dá a cara nem o corpo ao manifesto sempre que surgem "ondas" nesta temática, mas tem todo o mérito em poder descerrar o seu nome em tão digna obra...
Relativamente à "obra do regime" em si: se era necessária a sua construção, é discutível, se a sua localização é a ideal, mais discutível ainda, se vai ser importante para a cidade, veremos daqui para a frente...
Resta-me dizer que gosto da superfície, estando uma praça agradável, com a presença de água, que cria vida e dinamismo, faltando quiçá um apontamento bordaliano, como uma figura, uma estátua. Se calhar até está previsto, mas estas coisas da Rota Bordaliana também levam o seu tempo, perfeitamente compreensível ou não estivéssemos já habituados! Também um pouco mais de "verde" poderiam tornar mais agradável o centro deste "centro administrativo" com os três poderes (religioso, judicial e executivo) a olharem-se e embora nas "entranhas" esteja betão, hoje em dia existem inúmeras soluções que permitem criar jardins mesmo quando por baixo não existe solo. Ficamos pela existência de poucas árvores que espero, cresçam depressa! Fico também contente porque finalmente descongestiona um pouco mais a circulação nesta zona, embora ainda com condicionantes da saga regenerativa que continua, ainda com as obras a decorrer na periferia e com os tradicionais atrasos na Rua de Camões, qual epopeia do autor que dá o nome da Rua...
