sexta-feira, 19 de maio de 2017

18º Artigo "Pela Sua Saúde..." . Conhecer o Melanoma!

In Jornal das Caldas de 17 de Maio de 2017

Numa altura do ano em que inicia a época balnear e aumenta a exposição solar, é importante conhecer melhor o melanoma, um cancro cutâneo, que tem origem na transformação maligna dos melanócitos, células responsáveis pela produção da melanina que nos dá a coloração da pele.

Quando a pele é exposta ao sol, os melanócitos são ativados produzindo mais melanina, fazendo com que a pele fique bronzeada. Por vezes, surgem na pele proeminências de grupos de melanócitos bem circunscritos, chamados sinais ou nevos. Na nossa pele podem existir inúmeros sinais sem qualquer relação com o melanoma, contudo perante a mudança de características de um sinal pré-existente, nomeadamente alteração no tamanho, forma, cor, textura, aparecimento de comichão, exsudado ou hemorragia devemos ficar alerta e consultar um dermatologista. O aparecimento de um novo sinal deve também ser valorizado.

São factores de risco para o desenvolvimento de melanomas, indivíduos com a pele clara, a exposição prolongada ao sol, queimaduras solares graves, com feridas ou bolhas, a radiação UV, a presença de muitos sinais na pele, antecedente pessoal ou familiar de melanoma, sistema imunitário enfraquecido.

É importante que faça também o seu auto-exame da pele através da Mnemónica ABCDE (ver tabela). Ninguém melhor do que o próprio para detectar pequenas alterações de sinais pré-existentes ou aparecimento de novos sinais. Qualquer alteração na pele que considere relevante ou diferente deve ser referida ao médico. A melhor altura para fazer um auto-exame da pele é depois de um banho ou duche. Deverá observar a pele, numa zona bem iluminada, usando um espelho de corpo inteiro e um espelho de mão.

O aspecto dos melanomas pode variar muito. Alguns apresentam todas as características/alterações referidas na Mnemónica ABCDE, enquanto outros podem apresentar alterações em apenas uma ou duas das características. Normalmente o melanoma é indolor.

As possibilidades de cura são maiores se o melanoma for diagnosticado e tratado numa fase inicial, em que não invade a pele em profundidade. Se não for removido numa fase inicial, as células tumorais podem disseminar-se e invadir em profundidade a pele ou tecidos/órgãos vizinhos. Nestas situações a doença é mais difícil de controlar.

A prevenção é muito importante, por isso existem alguns cuidados básicos a ter em conta. Evitar a exposição solar entre as 10 e as 17 horas. Usar vestuário para proteger as áreas expostas ao sol e óculos de sol. Usar protector solar com factor de protecção elevado de 2 em 2 horas, especialmente na praia depois do banho ou quando houver sudorese intensa. Examinar regularmente a pele e vigiar as alterações dos sinais conhecidos e aparecimento de novas lesões suspeitas. Evitar os solários e comportamentos de risco, nomeadamente escaldões e exposição solar intensa nas crianças. Lembre-se sempre que a prevenção é importante para ter mais saúde!

Enf. Miguel Miguel
Para sugestão de temas / esclarecimentos: miggim@sapo.pt


domingo, 30 de abril de 2017

Educação para a Saúde!



Educar para a saúde consiste em dotar os cidadãos de conhecimentos, atitudes e valores que os ajudem a fazer opções e a tomar decisões adequadas à sua saúde e ao seu bem-estar físico, social e mental, bem como a saúde dos que os rodeiam, conferindo-lhes assim um papel interventivo.
A saúde de cada pessoa depende de vários aspectos, nomeadamente do seu projecto de vida, do seu sentido de felicidade e dos comportamentos e estilos de vida que decide seguir. A leitura que cada um faz de si e do mundo é determinante para a forma como assume a responsabilidade social de contribuir para o bem comum, ou seja, cada cidadão é actor e autor de um percurso de vida, com implicações na sua saúde e das pessoas com as quais interage. Assim, na sociedade actual espera-se que todos tenham meios e recursos que lhes permitam desenvolver capacidades e competências para traçar um caminho pessoal e colectivo em direcção ao bem-estar físico, psíquico e social.
A Educação para a Saúde surge como um meio facilitador deste percurso, no sentido de preparar os indivíduos para um papel activo na saúde. Assim, um dos seus principais objectivos é ajudar as pessoas a desenvolverem a sua capacidade de tomada de decisão, responsabilizando-as pela sua saúde. Pretende-se que as pessoas se sintam capazes para colaborarem nos processos de mudança, com vista à adopção de estilos de vida saudáveis e promotores de saúde.
A Organização Mundial de Saúde defende que é fundamental capacitar as pessoas para aprenderem durante toda a vida, preparando-se para todos os estádios do seu desenvolvimento e para lutarem contra as doenças crónicas e incapacidades. Estas intervenções devem ter lugar em vários contextos como por exemplo a escola, e o trabalho.
Educar as pessoas para a saúde é, então, criar condições para que adquiram informação e competências necessárias para fazerem escolhas saudáveis e modificarem os comportamentos de risco. Por vezes, não se mudam comportamentos apenas porque alguém dá indicação da necessidade de mudança, ou disponibiliza a informação actualizada em saúde. A mudança ocorre quando os interesses e necessidades do indivíduo, família e comunidade são valorizados, envolvendo-os como sujeitos activos e participantes.
Educar para a saúde, um desafio que gosto de encarar!

Adaptado de:
"Os enfermeiros e a Educação para a Saúde"
http://www.ordemenfermeiros.pt 

domingo, 23 de abril de 2017

Começar por caminhar...

A adopção de um estilo de vida saudável pode parecer para muitos um caminho difícil, cheio de restrições, sacrifícios e obstáculos. Não é! Antes diria que é uma forma de estar e ser e como tudo na vida custa um pouco ao início, mas quando bem interiorizado é algo que já não conseguimos abdicar.
Muitas vezes é no primeiro passo que estamos renitentes. Achar que vamos deixar de comer as coisas que gostamos, achar que temos que ter dores no corpo para que o exercício físico tenha efeitos positivos, são falácias que inibem o tal passo. Mas é de forma progressiva que vamos caminhando na direção certa, sem fundamentalismos, adequando o nosso estilo de vida.
Depois surge o factor compensação em que o nosso corpo agradece! Sentimos melhor, com mais agilidade, mais saúde, melhor disposição, aquela que achamos impossível de atingir. Passo a passo vamos trilhando um caminho, assente em dois pilares fundamentais, a alimentação e o exercício físico. São estes dois pilares em constante interação que permitem emagrecer, tonificar o corpo, ter mais saúde! De resto basta dar o primeiro passo nesta caminhada, porque caminhar faz bem e é um bom começo ;)


terça-feira, 18 de abril de 2017

Nova imagem, novo caminho!

O blog tem nova imagem e com esta nova imagem, passa a ser a Promoção da Saúde e os Estilos de Vida Saudáveis os principais temas a serem desenvolvidos.
Anteriormente o blog era mais abrangente assentando em quatro temas fundamentais, a cidadania participativa, a promoção da saúde, a proteção dos animais e a inclusão. Não deixaram de ter importância, para mim, muito pelo contrário, continuam a ser lutas diárias da minha existência. Contudo sinto a necessidade de focalizar o foco de atenção do blog num âmbito mais profissional e nesse sentido, como enfermeiro que sou com muito orgulho, é na promoção da saúde e nos estilos de vida saudáveis que me revejo e quero aprofundar cada vez mais.
O facto de poder influenciar na adopção de comportamentos mais saudáveis e esclarecendo os visitantes do blog sobre os mais diversos assuntos de saúde é algo que muito me dá prazer e pelo qual luto todos os dias.
Porque um estilo de vida saudável não tem preço e mais que saúde diária, é uma forma de estar na vida! Vamos nisso?


segunda-feira, 17 de abril de 2017

Sarampo, obrigado papás!

In Jornal Público 17/04/2017

Infelizmente uma doença considerada erradicada do nosso país, volta a constituir-se numa epidemia com consequências imprevisíveis para a nossa população. As notícias repetem-se com o número de casos a subir de dia para dia.
A culpa desta epidemia? Essencialmente à não vacinação das crianças! Aliás o caso que infectou profissionais de saúde do Hospital de Cascais, partiu de uma criança não vacinada. Quando sabemos que a vacina tem uma taxa elevadíssima de eficácia é pura negligência por parte dos pais a não vacinação das crianças. É o que eu chamo de "papás alternativos" que devido a "manias" não fundamentadas cientificamente que diabolizam as vacinas optam pela não vacinação dos filhos e depois assistimos na propagação de um vírus altamente contagioso e de difícil controlo.
Ora tratando-se de um caso de saúde pública, pondo em risco a saúde e mais grave, a vida da população, a vacinação contra o sarampo deveria ser obrigatória, não tendo os pais qualquer direito ou superioridade legal para o impedir. Com a saúde não se brinca, os gastos inerentes ao controlo destes surtos são elevadíssimos e conter uma epidemia destas canaliza meios que deveriam estar disponíveis para dar outras respostas.
As vacinas foram, são e serão a melhor forma de prevenção de doenças contagiosas e permitem o contacto das nossas defesas com os micro organismos inactivados evitando a infeção ou se a mesma ocorrer, com efeitos mínimos, dando às nossas defesas capacidade para debelar rapidamente a infeção. Estes novos "papás alternativos" que recusam vacinar os seus filhos por motivos não fundamentados cientificamente em nome dos efeitos secundários nefastos que consideram as vacinas terem, apenas contribuem para uma epidemia de uma doença erradicada no nosso país!
Mas a saúde de toda a população não pode ser posta em causa por correntes alternativas que consideram as vacinas prejudiciais à nossa saúde quando são as vacinas que permitiram construir uma sociedade com menos morbilidade e mortalidade! E a pena é ainda não se ter descoberto vacinas para tantas outras doenças infeciosas!
Penalizem-se estes "papás alternativos", retire-se a guarda das crianças temporariamente se for necessário para a vacinação se os pais não quiserem tal como se faz para um procedimento médico em que os pais não autorizem, mas em que esteja em causa a integridade e a saúde da criança. Neste caso, não é só a saúde da criança, mas a saúde de toda a população! Parece radical mas quando questões básicas de saúde são negligenciadas, não há como facilitar!
Felizmente a DGS admite que esta epidemia fique circunscrita rapidamente! Esperemos que sim!

O SARAMPO
É uma das infeções virais mais contagiosas, transmitindo-se de pessoa a pessoa, por via aérea através de gotículas ou aerossóis. As pessoas adquirem o sarampo principalmente ao inalar microgotas de uma pessoa infetada que se encontram em suspensão no ar depois de terem sido expelidas pela tosse. O vírus responsável pelo sarampo é o Morbillivirus e o Homem é o único hospedeiro.
O tempo de incubação da doença é de 8 a 13 dias. Assim, é possível ser-se portador do vírus sem saber. 
Os sintomas iniciais do sarampo são:
  • Febre
  • Congestão nasal
  • Irritação na garganta
  • Tosse seca
  • Vermelhidão dos olhos
Após 2 a 4 dias surgem minúsculas manchas brancas (manchas de Koplik) na boca, nem sempre detetáveis.
Ao fim de 3 a 5 dias, o sarampo causa uma erupção na pele associada a comichão ligeira, sobretudo nas orelhas e no pescoço, com um aspeto de superfícies irregulares, planas e vermelhas que rapidamente vão crescendo. Essa erupção espalha-se para o tronco, braços e pernas, e começa a desaparecer do rosto.
No pico do sarampo, o doente sente-se muito prostrado, a erupção é extensa e a febre pode ultrapassar os 40º C. Ao fim de 3 ou 5 dias, a temperatura diminui, os sintomas aliviam e as manchas restantes desaparecem rapidamente.
Nas crianças saudáveis e bem nutridas, o sarampo raramente é grave, no entanto, pode complicar-se com infeções bacterianas como uma pneumonia (sobretudo nos bebés) ou com uma infeção no ouvido médio. A infeção cerebral (encefalite) é uma complicação grave que ocorre em cerca de 1 em cada 1000 ou 2000 casos, causando febre alta, convulsões e coma, normalmente entre 2 dias e 3 semanas depois de a erupção ter aparecido. Esta encefalite pode ser breve, recuperando ao fim de aproximadamente uma semana, ou pode causar danos cerebrais ou até a morte.
Não existem medicamentos específicos para tratar o sarampo. O objetivo do tratamento é proporcionar conforto e alívio até os sintomas desaparecerem, o que demora cerca de 2 a 3 semanas. É importante controlar a febre e as dores musculares, recorrendo a paracetamol ou ibuprofeno, repouso, ingestão de muitos líquidos, uso de humidificadores para alívio da tosse e suplementação em vitamina A. Se surgir uma infeção bacteriana secundária, deverá ser prescrito um antibiótico.
A vacina contra o sarampo é uma das imunizações que se aplicam sistematicamente na infância, geralmente em conjunto com a vacina da papeira e da rubéola. Presentemente, recomenda-se a 1ª dose desta vacina aos 12 meses e a 2ª dose aos 5-6 anos, antes da escolaridade obrigatória.

quinta-feira, 13 de abril de 2017

17º artigo "Pela sua Saúde..." - Hepatite A - Desmistificar

Artigo publicado no Jornal das Caldas - 12/04/2017

A Hepatite A tem sido tema na comunicação social, pela existência de um surto da doença em Portugal. Importa saber como se transmite, não só para prevenir a infecção como para desmistificar alguns factos que a comunicação social não soube esclarecer, levando a opinião pública a associar a Hepatite A a determinados grupos de risco, o que é errado. Mais que grupos de risco, qualquer doença deve ser associada a comportamentos de risco e esses sim devem ser evitados por forma a prevenir a sua transmissão.
O vírus da Hepatite A (VHA) entra no organismo através do aparelho digestivo e multiplica-se no fígado, causando neste órgão a inflamação denominada hepatite A. Esta doença cura-se rapidamente na maioria dos casos (ao fim de cerca de três semanas) sem necessitar de internamento hospitalar ou de um tratamento específico e sem deixar vestígios. Após a cura, o vírus desaparece e surgem anticorpos protectores que impedem uma nova infecção, por isso, não existem portadores crónicos.
Náuseas, febre, falta de apetite, fadiga, diarreia e icterícia são os sintomas mais comuns que, consoante a reacção do organismo, podem manifestar-se durante um mês. De início, a doença pode ser confundida com uma gripe, uma vez que esta também provoca febre alta, dores musculares e articulares, dores de cabeça e inflamação dos olhos mas, as dúvidas desfazem-se quando a pele e os olhos ficam amarelados, sinal de icterícia.
O VHA transmite-se, geralmente, através da ingestão de alimentos ou de água contaminados por matérias fecais contendo o vírus. Também a transmissão por via sexual pode ocorrer e parece ser esta a via de transmissão que está na origem do surto de Hepatite A em Portugal. Tal deve-se a comportamentos de risco como o não uso do preservativo numa relação sexual anal, ficando o indivíduo exposto à matéria fecal do parceiro e consequentemente a sua infecção.
A prevenção em termos individuais, passa por manter hábitos de higiene elementares e, em termos colectivos, a continuação da aposta na melhoria das condições sanitárias e na educação. O contacto com pessoas infectadas é também um factor de risco, sendo necessário redobrar os cuidados durante o período infeccioso e lavar a louça a altas temperaturas, não utilizar a mesma sanita, não partilhar a mesma cama e ponderar os contactos sexuais, evitando o sexo oro-anal e usando preservativo no caso da penetração anal.
A vacina contra a hepatite A é obtida a partir do vírus inactivo, é bastante eficaz e não tem quaisquer contra-indicações. Só pode ser administrada mediante prescrição médica e principalmente a pessoas que vão viajar para países pouco desenvolvidos.
A DGS está a acompanhar a evolução deste surto e importa reforçar a adopção de medidas de protecção individual evitando ao máximo os comportamentos de risco. Visto a via de transmissão neste surto ser a via sexual, o uso do preservativo é obrigatório na prática sexual em especial no sexo anal. Lembre-se que mais vale prevenir e para prevenir é preciso conhecer!

Enf. Miguel Miguel

Para sugestão de temas / esclarecimentos: miggim@sapo.pt


domingo, 1 de janeiro de 2017

Venha lá 2017!

E estamos em 2017! Nós e o Dr. Mário Soares cuja vida tem definhado, transformando os seus últimos dias numa novela mediática tal qual Casa dos Segredos só que em vez de ouvirmos o habitual "esta é a voz" trocámos pelo "o Hospital da Cruz Vermelha informa..."!
Mas 2017 efectivamente chegou e ainda em modo de letargia festiva, rapidamente vamos deixar os festejos e cair na dura realidade que um novo ano sempre trouxe, pelo menos em Portugal! Novos aumentos, novas regras, tudo tradicional e que qualquer "tuga" já nem estranha. E até as decisões e as promessas de mudanças pessoais ou nos hábitos traçados nas dozes badaladas e na gula de devorar as doze passas, vão ficar para trás já nos próximos dias. Esta barreira psicotemporal em que se apagam 365 dias das nossas vidas e achamos que vamos escrever 365 novos dias é tão efémera como o fogo de artifício nas Caldas da Rainha.
Mas 2016 mostrou-nos muitas coisas que achávamos difícil de acontecer! A eleição do Trampa e tudo o que isso significa, os atentados pelo mundo, o medo, a Síria ou o que resta dela, o crescimento da extrema direita na Europa, o drama dos refugiados, a intolerância, a violência, uma Humanidade com pouca humanização... 2016 parece que foi um acelaramento para um mundo que não queremos ou que achávamos não acontecer. O meu receio é que 2017 seja um ano em que vamos assistir à concretização do que foram promessas ou tentativas em 2016 e curiosamente logo na entrada de 2017, o sanguinário Kim "Joana" da Coreia do Norte anuncia ao mundo novos testes nucleares. Uma promessa do Kim para 2017 que ao contrário das promessas da maioria dos portugueses deverá ser levada a cabo. E isto é muito mau, um mundo em convulsão onde muitos já vaticinam uma terceira guerra mundial! Deus nos ajude e nos transforme!
Neste nosso cantinho à beira mar plantado cá vamos remando contra a maré. A gerigonça lá continua a dar cartas rumo a um défice nunca visto e a verdade é que eu hoje não vivo pior do que vivia em tempos de passos e portas. Digam o que disserem, e há muitos por aqui que já enjoam com tanta partilha de desinformação, num ódio contra a esquerda em que tudo o que geringonçar são como seres humanos inferiores, a gerigonça é quem governa e até lá uns ansiolíticos podem ajudar. E este comportamento de ódio só demonstra aquilo em que o mundo se transformou!
Também fomos campeões europeus e Guterres foi eleito para o mais alto cargo do mundo. Nada mau para este cantinho insignificante num mundo tão vasto mas que na história já foi dono de metade do mundo!
2016 também mostrou-nos um Presidente da República hiperactivo! Depois de anos com um "morto-vivo" em Belém, os portugueses não conseguem acompanhar os movimentos do Presidente Marcelo. Marcelo consegue no mesmo dia estar em eventos em Bragança, Castelo Branco, Leiria, Lisboa, Évora, Amareleja, Vila Real de Santo António e ainda ir jantar a Paris! Um ritmo alucinante que qualquer português não consegue acompanhar! Ainda hoje no Telejornal da Uma tomava o primeiro banho do ano na praia e no Telejornal da Noite já estava num concerto, e depois a dar a mensagem de Ano Novo num dia fraquinho em eventos, obviamente!
2016 já passou mostrando os ensaios de um mundo que desconhecemos receando que esses ensaios possam entrar em cena em 2017 com a confirmação de um mundo que não queremos ou não queríamos! Por isso desejo que 2017 seja um ano de mudança interior em cada um de nós para que essa mudança possa convergir para algo maior, a esperança num mundo melhor! Venha lá 2017...



sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Votos de BOAS FESTAS!


A quadra é de azáfamas e correrias, de consumismo desenfreado e de exageros alimentares. Mas que no fundo da racionalidade prevaleça sempre o espírito que esta quadra encerra, o amor, a paz, a partilha e a alegria! Por isso desejo a todos festas felizes e que 2017 que se aproxima a passos largos seja um ano radiante de concretizações!
Quanto às salubridades, apesar da ausência, elas andam aí e voltarão em força, em 2017!
FESTAS FELIZES!

sábado, 23 de julho de 2016

Para onde caminhamos, uma reflexão!

A pergunta que se impõe só pode ser esta: para onde caminhamos?
Ninguém sabe para onde, seria a resposta mais correcta!
O mundo que vemos hoje através dos meios de comunicação social (ou aquele que nos mostram) e através das redes sociais está doente sem dúvida, precisa de ajuda.
Todos os dias entram nas nossas casas, através das televisões notícias de violência e morte. Os horários dos telejornais que coincidem com os horários da refeições tornaram-se as companhias indesejáveis. Almoçar ou jantar a ver imagens de morte e terror por esse mundo fora tornou-se uma banalidade.
Hoje adormecemos com um atentado algures por aí e acordamos com outro acolá. Ficamos chocados, todos "je suis" qualquer coisa e no outro dia seremos o que calhar.
Quem tem o poder de "tentar" resolver parece ignorar e aquele bem precioso a que estamos habituados e que se chama segurança, passou a ser uma miragem ao lado do medo que surge a cada canto, a cada esquina.
Sim, foco-me no terrorismo, essa palavra que entra diariamente nos nossos ouvidos. Em tempos AlQaeda, mais recentemente ISIS ou raios que os parta e ontem apenas um miúdo maluco que se lembrou vingar os seus tempos em que foi "buling-isado". Isto para dizer que já nem são os do costume, já são outros, outros quaisquer e na Europa, onde não estávamos habituados a estas cenas, parece tornar-se o campo ideal para tudo. Longe vai o tempo em que os Estados Unidos eram o mote para estes episódios.
Por isso o Mundo está doente, não porque lhe apetece, mas porque os seres humanos que nele habitam esqueceram os valores, numa crise sem precedentes. E no caso concreto da Europa, esse berço da "Humanidade dos Valores" transforma-se no campo do terror e do medo onde a segurança que sentiamos no ar, desapareceu!
E Portugal, este cantinho esquecido... temo que um dia também possa ser manchete de jornais e ande na boca do Mundo pelas piores razões. E isto é resultado do medo que sentimos em cada dia e que se calhar já fui contaminado. Mas sempre fui optimista e muito positivo e porque ainda acredito na Humanidade, aprendamos com o mal e olhemos em frente, porque para onde caminhamos não sei, mas caminhemos, sempre, SEM MEDO!


quarta-feira, 29 de junho de 2016

Sugestão para o Parq'Ativo!

Relativamente à sugestão que a leitora da Gazeta das Caldas, Katia Pinheiro, fez em relação ao Parq'Ativo, parece-me importante esclarecer:

In Gazeta das Caldas de 24/06/2016

No projecto inicial do Parq'Ativo do qual fui promotor no âmbito do Orçamento Participativo, estava contemplado a plantação de árvores de sombra de folha caduca, que permitissem no Verão oferecer sombra ao parque e no Inverno, permitissem a entrada do sol no espaço.
Dois ou três dias antes da inauguração, alertei o Sr. Vereador Hugo Oliveira, que o projecto não estava concluído, faltando:

  • As árvores que não tinham sido plantadas. As mesmas foram plantadas na véspera e com o porte actual que têm, nem no próximo ano, estarão em condições de oferecer a sombra que o parque necessita;
  • Não existia banco para os utilizadores do parque se sentarem a descansar. Foi colocado o banco junto à parede;
  • Não existe o bebedouro que considerei essencial para os utilizadores se hidratarem. Não existe e não existirá, tendo sido dito pelo Sr. Vereador Hugo Oliveira que os bebedouros públicos estão a ser avaliados uma vez que levantam problemas ao nível da higiene e saúde pública. Para mim é apenas mais uma manobra para se consumir água engarrafada, porque bebedouros públicos sempre houve e acredito que deviam haver mais pela cidade, mas são "lobbies" instalados!
Nesse sentido e uma vez que efectivamente não existe qualquer sombra, parece-me a sugestão de Kátia Pinheiro perfeitamente admissível. Pena que a Junta de Freguesia ainda não tenha dado qualquer resposta à sugestão desta utilizadora do Parq'Ativo!

Como enfermeiro que sou, alerto ainda que a eventual colocação de um toldo ou outra qualquer estrutura que providencie sombra, a prática de exercício físico não deve ser realizado nas horas de maior calor, entre as 11  e as 17 horas e os utilizadores devem sempre fazer-se acompanhar de água para se poderem hidratar que infelizmente não existe no Parq'Ativo embora o projecto inicial o contemplasse.

Como promotor do Parq'Ativo estarei atento ao desenrolar desta e de outras questões relacionadas para que o Parq'Ativo possa ser funcional e ir de encontro aos interesses dos seus utilizadores.