domingo, 30 de março de 2014

Urgências: reflexão da lotação esgotada!

 Correio da Manhã 30/03/2014
Correio da Manhã 31/12/2013
Jornal das Caldas 28/03/2014
Gazeta das Caldas 23/03/2014
 
As notícias são recorrentes nos meios de comunicação social, mas estes limitam-se a relatar aquilo que doentes e profissionais sentem diariamente quando necessitam de recorrer ao serviço de Urgência do CHO-CR.
O Sr. Dr. Adm. Carlos Sá, limita-se a justificar este caos com argumentos bacocos dos quais se salienta: "são os picos da gripe" ou "são os idosos e os socioeconomicamente desfavorecidos que ocupam as camas". Argumentos provenientes de alguém que tem por missão destruir aquele que foi um Centro Hospitalar pujante e forte quando ainda o seu nome fazia jus à sua cidade - Centro Hospitalar de Caldas da Rainha. Depois do Oeste Norte veio o Oeste e neste momento mais parece o Faroeste! O caos total para quem necessita de cuidados de saúde e tem de recorrer ao serviço de urgência... Um verdadeiro filme de terror para doentes e profissionais de saúde que como se verdadeiros ginastas fossem, dão o seu melhor para minimizar os problemas, contudo um serviço subdimensionado para o número de população que abrange, com uma estrutura física desactualizada e sem quaisquer condições, agudizam o problema.
As redes sociais têm sido ultimamente o desabafo possível de quem tem sentido na pele os problemas. Os enfermeiros já se recusam em assumir um turno onde o caos está instalado. Conheço colegas que estão numa fase de exaustão não conseguindo gerir o volume de trabalho e sem condições de trabalho. O diretor pede demissão mas claro o Sr. Dr. Adm. Carlos Sá desvaloriza como afinal é astuto a fazer, tal como manipular os números que adora apresentar, mas sem qualquer veracidade e desfasados da realidade, com comparações entre entidades diferentes como o CHON e o CHO...
Outros serviços nem sequer vou falar, de Torres Vedras tudo cor de rosa, o Termal, com acrílicos e fisioterapia pelas escadas pela avaria do elevador definha dia após dia, sugado ao extremo pelo Hospital de Agudos! Os telejornais dão conta de negligência no Bloco Operatório...
Enfim! Caldenses, até quando estão dispostos a sujeitarem-se a esta vergonha? Comissão de Utentes? Câmara Municipal? Sociedade Civil? Para quando uma acção concreta naquilo que resta e que alguém teima em destruir? Poderá mais um administrador que os caldenses todos (se unidos...)? Infelizmente parece-me que sim...


sábado, 22 de março de 2014

Orçamento Participativo, pouca importância...

 
Como referi no post anterior a falta de divulgação do Orçamento Participativo 2014 é evidente a todos os níveis. Exemplo disso é o site da Câmara Municipal. Servindo para comunicar com os munícipes, tem em destaque a TV Caldas, cuja programação está parada desde o verão passado, bem como as actividades desenvolvidas pelo Centro da Juventude, mas numa fase em que estão a votação as propostas do OP 2014, aparece uma pequena imagem no site que encaminha para o site do OP 2014... Nem sequer é necessário retirar a TVCaldas nem o Centro de Juventude, bastaria adicionar nos destaques a imagem do OP 2014 referindo que está a decorrer a votação das propostas! Definição de prioridades? Política de comunicação da autarquia? Enfim, revela a pouca importância que o OP tem para a autarquia...

Orçamento Participativo, há muito para aprender nas Caldas da Rainha...

 
Ontem decorreu mais um "21 às 21" como já é habitual em todos os dias 21 de cada mês, organizado pela Associação MVC - Movimento Viver o Concelho. Tendo como tema "Um contributo para o Orçamento Participativo de Caldas da Rainha", o convidado foi Giovanni Allegretti, arquitecto de profissão, especialista na área dos orçamentos participativos (OP) com diversas publicações editadas.
Com uma forma de comunicar única, levou-nos a viajar pelos OP´s do mundo e de Portugal, fazendo uma pausa nas Caldas da Rainha. Existem inúmeras realidades pelo mundo, desde os países da América Latina que obrigam as suas autarquias a implementar OP´s, 71 milhões de euros para gastar na cidade de Paris, até à nossa realidade.
Em 2002, iniciou-se em Palmela o primeiro OP, tendo como método consultivo, onde o presidente da câmara ausculta a população e executa aquilo que considera interessante, não sendo o método adequado. Este modelo foi-se desenvolvendo e multiplicando por outros concelhos, sendo que em 2008 foi desenvolvido em Lisboa o primeiro OP deliberativo onde os cidadãos apresentam propostas, e as mesmas são escrutinadas pelos cidadãos, sendo executadas as propostas mais votadas.
Caldas da Rainha encontra-se neste método, contudo existem algumas lacunas que devem ser tidas em conta. É certo que desde o primeiro OP em Caldas da Rainha existiu uma evolução, quanto mais não seja pela existência de normas. Mas antes de se partir para a organização de um OP, seria fundamental estudar o assunto, perceber este mecanismo tão interessante de governação e participação cidadã, lacuna que julgo existir pelas dúvidas sempre existentes e pela forma pouca informada sobre estas questões. Se num primeiro passo, quem organiza um OP deve dominar o assunto, para que não existam dúvidas no momento da concretização, a informação disponibilizada aos cidadãos não é menos importante. Giovanni afirma que Portugal é um dos países onde existe mais informação sobre este tema, desde livros publicados a artigos escritos na imprensa nacional. Mais que um conjunto de normas que respeitadas selecionam a participação, um conjunto de informação básica sobre os OP's permitiria mais e melhores formas de participação dos cidadãos. Também aqui não podemos esquecer em primeiro a vontade política para a organização de um OP e depois a vontade técnica dos profissionais que supervisionam e estudam as propostas.
Depois outro ponto que nas Caldas da Rainha fica aquém das expectativas são os prazos de execução das propostas vencedoras. Dois anos é muito tempo para implementar um projecto. Exemplo disso são as Hortas Urbanas, projecto vencedor do OP 2012 e que só nesta fase terminou a parte burocrática de constituição de normas e regulamentos, passando em breve às obras no terreno. Dois anos é o prazo de execução das propostas em curso no OP 2014... Para os cidadãos participarem, é importante também que sintam rapidez, eficiência, vontade e maior acção na implementação das propostas em detrimento da pouca participação por os cidadãos acharem que os resultados não são visíveis. Também a colocação no final de uma placa alusiva à origem da proposta do OP, funciona como uma forma de reconhecimento pela autarquia da importância do OP na governação autárquica.
A falta de divulgação do OP 2014 nas Caldas da Rainha foi um problema que até já referi num artigo de opinião publicado no Jornal das Caldas em 29/01/2014 e que pode ser acedido aqui. Se queremos a participação dos cidadãos, como referi anteriormente estes devem ser informados antes de mais, em que consiste um OP e depois a sua divulgação efectiva. A Câmara Municipal tem inúmeras formas de dar visibilidade, contudo poucos cidadãos sabem da sua existência ou até para que serve um OP. O desconhecimento implica a não participação e o alheamento de um instrumento tão importante, onde 150000 euros, no caso das Caldas da Rainha, podem ser gastos em propostas que vão de encontro às necessidades dos cidadãos. Existem dois semanários locais, existem rádios, existe o site da Câmara (pouca visibilidade no ícone na página)... enfim não existe a vontade! E esta divulgação não passa apenas no lançamento do OP, mas depois ao longo de todas as fases... neste momento estamos na fase de votação das propostas e a maioria dos caldenses, nem sequer sabe quais as propostas, quanto mais votar nelas e decidir!
Mas nem tudo está mal em Caldas da Rainha. Giovanni Allegretti referiu que a participação dos cidadãos não deve ser apenas na formulação da proposta, mas posteriormente também na monitorização do projecto e durante a execução da obra. Existem até exemplos no país de municípios, onde os cidadãos proponentes estão presentes durante a abertura das propostas das empresas que vão efectuar a obra permitindo assim serem mais críticos nos gastos dos dinheiros públicos. Toda uma dinâmica possível de se fazer nos OP's  que só pode enaltecer a participação cidadã. Pelo que sei, a Câmara Municipal, pelo menos no OP 2012, teve esse cuidado de envolver os cidadãos proponentes em todo o percurso dos projectos, até à sua execução. Que essa abertura exista sempre e que se reproduza sempre. Outro aspecto importante nas Caldas da Rainha que Giovanni salientou é o facto do OP caldense poder "esticar" até mais 10% do valor orçamentado (15000) para que nenhuma proposta mais votada, não possa ser rejeitada por falta de verba. Considera-se por isso muito importante.
Uma noite bem passada onde refletimos sobre este tema e onde ficamos com vontade de saber mais e de fazer tanto. Um evento que trouxe muitos contributos para todos nós, pena que o executivo camarário, bem como os membros da Assembleia Municipal e presidentes de Junta, não tenham estado presentes neste evento apesar de convidados formalmente! Certamente teriam aprendido mais sobre aquilo que ainda não dominam (e não dominam mesmo). Mas o caminho faz-se a pouco e pouco... Obrigado Giovanni Allegretti!

sexta-feira, 21 de março de 2014

Sindrome de Down! Reflexão...

Hoje comemora-se o Dia Internacional do Síndrome de Down. Porque tal como sempre defendi, independentemente da condição de cada um, o mais importante é compreender para incluir e uma sociedade inclusiva é um paradigma ainda tão distante, ficam aqui este dois vídeos, um que explica o que é o Síndrome de Down, e outro, uma reflexão sobre este síndrome! Vale a pena ver, vale a pena reflectir, vale a pena INCLUIR!
 
 
 
 

quinta-feira, 20 de março de 2014

A tentação do poder...

A tentação do poder, tem de ser a tentação do poder para servir; a tentação do ter, tem de ser a tentação do ter para partilhar e a tentação do ser, tem de ser a tentação do ser para que os outros sejam mais; numa expressão que me é particularmente cara, este é o tempo para ser gente com gente, para que cada vez mais gente seja gente e nunca ninguém deixe de ser pessoa.
 
In "Somos pobres mas somos muitos"
Frei Fernando Ventura
Joaquim Franco
 
É bom reflectir sobre o poder e a sua tentação! Questões se levantam sobre a tentação do poder e como esta pode ser tão forte naqueles que a detêm e tão nefasta naqueles que se subjugam. Sabemos que quem detém o poder, muitas vezes usa-o em demasia, usa-o em seu benefício, usa para o seu próprio fim, ignorando quem dele pode estar a sair prejudicado! Deixo esta frase  do livro "Somos pobres mas somos muitos" para que todos possamos reflectir... Haverá alguém que usa o seu poder para servir, partilhar, para que os outros possam ser mais? Já seria bom apenas o servir...
 
 

quarta-feira, 19 de março de 2014

A Assembleia do Termal...

Ontem, dia 18, foi dia de Assembleia Municipal (AM), uma Assembleia que apesar de ter outros pontos que haviam transitado da Assembleia anterior, foi toda ela dedicada ao Hospital Termal. Este ponto havia sido agendado pelo grupo do Partido Socialista, o que seria de esperar, novos pontos de vista, um novo debate, uma tomada de posição! Contudo o desempenho ontem na AM do PS, não veio trazer nada de novo ao debate, simplesmente aquilo que já se sabia do projecto europeu e da criação de uma comissão para ir a Bruxelas, conquistar os parceiros e fundos para o Hospital Termal. Confesso que não vejo com maus olhos o apoio da União Europeia, contudo, para já parece-me urgente resolver as suas questões municipais/regionais/nacionais que decerto são bem graves e que têm conduzido à decadência total da instituição e de todo o seu património. Creio por isso ser urgente fazer todas as concretizações necessárias para a abertura do Hospital Termal e depois quiçá, explorar as propostas europeias.
Mas também ressalvar as prioridades do PS que "entopem" o início dos trabalhos a distribuir louvores, louvores esses que roubam quase uma hora do tempo de discussão que deve ser rentabilizado a meu ver para debates de assuntos importantes. Os louvores são mecanismos de distinção de cidadãos, associações, entidades, entre outros, pelo seu trabalho desenvolvido. Quando se começa a distribuir louvores a tudo e mais alguma coisa, perdem o seu valor e a sua importância e ontem pelo menos, dois deles apresentados pelo PS não fizeram sentido, mas enfim, prioridades...
Mas de importante clarificação, a apresentação do Prof. Martins Carvalho, que permitiu esclarecer alguns aspectos que mais tarde foram relevantes no debate. Também a grande massa cidadã que ontem quis estar presente, tão importante é este tema para todos os caldenses.
Todos os representantes das forças politicas intervieram, de forma salutar, engrandecendo o debate sobre o Hospital Termal, salientando aquela que considero a mais bem conseguida. Edgar Ximenes do MVC trouxe ao debate a importância do consenso amplo na questão do Hospital Termal e acima de tudo o estabelecer de uma carta de princípios que seja respeitada, tendo em conta o Legado da Rainha Dona Leonor e de encontro aos interesses de TODOS os caldenses, herdeiros de tão grandioso bem!
O tempo é de chegar a consensos, o tempo é de unir esforços e trabalhar em conjunto para que se consiga atingir o objectivo final: a abertura do Hospital Termal! Já perdemos muito tempo, tempo esse que tem saído caro a todos os caldenses a todos os níveis. Toda a economia em redor do Termal definhou e a prosperidade de outros tempos morreu como tem morrido o seu coração. E este tempo todo de abre e fecha e por último o encerramento tem trazido às Caldas da Rainha a paralisação económica, a decadência do centro histórico, o desespero do comércio tradicional, a destruição de todo o património. E porque não é uma questão apenas do Hospital Termal, mas todo o pulsar que se gera com o seu funcionamento, não há tempo a perder! Reanimar o coração das Caldas é irrigar esta cidade e este concelho de riqueza. Mas olhando para o Hospital Termal apenas, tão importante, tão imprescindível para tantas maleitas e seu tratamento! Passar do paradigma Hospital Termal como encargo, para o paradigma Hospital Termal gerador de riqueza não tem sido fácil, mas em tempos idos, antes de ser agregado ao parasita do Hospital de Agudos, era uma realidade! Os números comprovam! 
Os consensos começam a surgir, os esforços exigem-se e a abertura é fundamental! Hoje mais do que nunca luto pelo meu interesse: que todos os caldenses possam usufruir do Hospital Termal, e com a sua abertura possamos dignificar aquilo que outrora uma Rainha nos deixou e utilizar essa herança em prol do bem comum e da prosperidade de todos os caldenses!
Espero que 2014 traga boas surpresas para todos os caldenses...
 


segunda-feira, 17 de março de 2014

Os contentores de lixo subterrâneos...

Considero um conceito interessante. A nível estético estes modelos não causam tanto impacto visual, permitindo passarem mais despercebidos aos peões que circulam nos passeios, em detrimento dos inestéticos contentores de superfície. Por outro lado são mais higiénicos, diminuindo os odores e os insectos, principalmente durante o Verão, onde as temperaturas mais elevadas fomentam esses problemas.
Contudo considero que existem modelos pouco úteis ou quiçá menos funcionais, como é o caso dos novos contentores subterrâneos colocados na cidade, no âmbito das obras de regeneração. É que esta pouca funcionalidade aliada à falta de civismo de algumas pessoas traduz-se na imagem seguinte:
 
Rua Raul Proença - 17/03/2014 - 10:30
 
A falta de civismo
 
Efectivamente é segunda-feira e provavelmente os serviços de recolha de lixo ainda não fizeram a recolha neste ponto da cidade (embora numa segunda-feira em que a cidade é visitada por muitos cidadãos para tratarem de burocracias, é um péssimo cartão de visita), mas a falta de civismo impera porque embora estes dois contentores não estivessem cheios, as pessoas para não fazerem o simples gesto de os abrir, deixam o lixo ao lado no chão, com todos os problemas que isso acarreta. E mesmo estando cheios, há sempre outros contentores ali bem perto que em nada justifica este comportamento!
 
A pouca funcionalidade
 
Considero pouco funcionais, porque quando se abre a tampa, esta efectua uma rotação de 360º pelo que quando quero colocar o saco de lixo dentro do contentor, este fica colocado na tampa que depois quando fecha, o saco do lixo acaba por cair para dentro. Com este mecanismo, se levar um saco um pouco maior, por exemplo de 20 litros, bem cheio, tenho de o calcar bem e mesmo assim, quando a tampa fecha, na pior das hipóteses, o saco fica entalado na mesma e não cai para dentro, impedindo a abertura da tampa novamente.
Ainda por causa deste mecanismo, os papelões, destinados aos papéis, são de difícil colocação de caixas de cartão de maiores dimensões, que por muito dobrados que estejam, muitas vezes acabam por ficar ao lado, pela impossibilidade de colocar dentro do papelão.
Este mecanismo é para que os cidadãos não observem o lixo lá no fundo? É para prevenir eventuais acidentes? Poderá haver muitas razões, mas com este mecanismo contrariam tudo aquilo para que foram concebidos, maior higiene e melhor estética. Como por vezes não é possível depositar o lixo no interior, este acaba no chão, ao lado, aumentando o impacto visual e as questões higiénicas e de salubridade nem se fala!
Se a abertura fosse livre, ou seja, quando eu abrisse a tampa, o saco caísse imediatamente dentro do contentor, creio que seriam mais funcionais e diminuíam a colocação dos sacos do lixo em seu redor como aparece na imagem acima. Não me incomoda nada abrir a tampa e ver o lixo lá no fundo, mas incomoda-me muito passear pela cidade e parecer que os serviços de recolha de lixo estão em greve!
 
Um conselho para prevenir problemas posteriores
 


 

Esta ilha de contentores situada na Avenida 1º de Maio encontra-se numa zona de estacionamentos. Se nas laterais da mesma não for colocada uma barra de metal ou um pino de cimento, muitos condutores, quando fizerem a manobra de estacionamento vão dar alguns "encostos", sendo que estes localizam-se abaixo da linha de visão de um condutor se estiver dentro do carro a estacionar. Creio que com a colocação das devidas proteções, podem-se minimizar problemas de maior, não só danos nestas estruturas, como danos nos carros!
Fica a sugestão!

domingo, 16 de março de 2014

Caminhar pela liberdade!

O dia 16 de Março foi um dia muito importante na história do nosso país e das Caldas da Rainha. Foi neste dia que os capitães do RI5  das Caldas da Rainha, tomam o comando do Quartel e decidem avançar sobre Lisboa, sob o comando do capitão Armando Ramos. São, no entanto, a única unidade a sair, numa acção descoordenada e previamente condenada ao fracasso, na sequência da qual são presos cerca de duzentos militares. Mas embora condenada ao fracasso, esta acção veio acelerar todo o processo em curso, a revolução, ocorrendo a mesma no dia 25 de Abril de 1974. Por isso para além do 25 de Abril, o 16 de Março é de extrema importância na história nacional.
 
Conversas de Família - Marcelo Caetano sobre a Revolta das Caldas
 
A Associação MVC - Movimento Viver o Concelho não podia deixar de celebrar os 40 anos que passaram e organizou o evento "A Caminho da Liberdade". Este evento foi um sucesso tendo aproximadamente 100 pessoas caminhado pela liberdade divididas em 3 grupos de caminhada com diferentes graus de dificuldade, em Salir do Porto.
 

 
Sabendo pelos caminheiros que todos os percursos foram fantásticos com visitas às grutas de Salir ao às pegadas de Dinossauro, vou incidir mais naquele onde fui guia, no percurso de 2 km. Um grupo pequeno mas muito interessante alinhou neste percurso com a companhia da Cristina, que soube transmitir todo o amor que tem pelas plantas e deu-nos uma aula de botânica ao longo do percurso. E o percurso que rapidamente seria feito, demorou cerca de 2 horas e 30 minutos. Descobrimos características fantásticas das plantas e acima de tudo ficamos com a percepção de que tudo na natureza tem uma razão de existir e a adaptação que muitas vezes as plantas desenvolvem para a sua reprodução e sobrevivência, são fantásticas.
 

 
Depois foi o almoço na Associação Recreativa e Cultural de Salir do Porto, onde pela tarde dentro cantaram-se canções de Abril com o Tó Freitas, João Amaral e Canto e Castro e rimos com os dotes vocais de Canto e Castro que com a sua maestria não deixou ninguém indiferente! Culminou tudo com a entrega dos prémios do Concurso de Desenho Infantil, iniciativa também que decorreu em paralelo com este evento e claro está, terminamos todos a entoar Grândola Vila Morena!
 

 
Um dia diferente, onde se caminhou, conviveu e cantou a liberdade! Muito obrigado a todos, em especial à Liesbeth Vermoesen, mentora de todo este evento apadrinhado pela Associação MVC!

sexta-feira, 14 de março de 2014

Dignificar a Assembleia Municipal II

In Gazeta das Caldas 14/03/2014
 

Brincando com algumas palavras utilizadas pelo Dr. Luis Ribeiro, na resposta ao artigo de opinião do cidadão José Nascimento, eis que surge-me a seguinte análise:
 
DEFINIÇÃO (Priberam)
OPINIÃO
SOLIDARIEDADE
·         Qualidade do que é solidário.
·         Dependência mútua.
·         Reciprocidade de obrigações e interesses.
·         Direito de reclamar só para si o que se deve a todos.
Ainda bem que o Dr. Luis Ribeiro aprecia a solidariedade! Ela faz tanta falta na nossa sociedade! Que esta solidariedade entre os membros do movimento independente, como afirma, se propague pelo Mundo!
COMBATE
·         Acção de troços de exército ou armadas beligerantes.
·         Acto de combater.
·         Impugnação.
·         Contenda.
·         Debate.
·         Luta íntima (contra as próprias paixões).
Concordo não num combate politico como refere, mas num combate contra o mau funcionamento de um órgão publico, eleito democraticamente e que representa todos os caldenses! Ambos artigos alertam para esse problema, contudo o Dr. Luis Ribeiro é que tenta desvalorizar e sem mais nenhum argumento, argumenta o não argumentável!
CHICANA
·         Argúcia judicial.
·         Trapaçaria, enredos, cavilação.
A opinião destes dois cidadãos, visto pelo Dr. Luis Ribeiro não passa de trapaçaria e enredos políticos!
Depois o reconhecimento do pior estilo dos partidos… fica bem! A cidadania caldense transformada em chicana ou antes a tentativa de mostrar que a cidadania é uma chicana! Defendo a segunda!
ACINTOSAMENTE
(ACINTE)
·         Modo de fazer propositadamente o que pode ser molesto ou desagradável a outrem
As opiniões dos cidadãos não têm que ser molestas ou desagradáveis! Se elas o são, é porque na sua origem existem razões para que se queira mudar algo. Contudo o Dr. Luis Ribeiro entende estas opiniões como pessoais e na minha opinião são críticas ao papel de presidente e ao funcionamento da AM. Revelaria humildade entender como uma crítica e não como comentários “acintosos”. Mas claro, não dá jeito!
Em forma de conclusão, o Dr. Luís Ribeiro não aceita a crítica, tal como refere na resposta dada! Se aceitasse a critica, seria o primeiro a refletir sobre o seu papel e sobre o funcionamento da Assembleia Municipal, contudo, é o próprio a transformar a opinião dos cidadãos em combate político, em "chicana", ao "pior estilo dos partidos", desvalorizando opiniões de dois cidadãos e inclusive a minha própria opinião, na altura publicada aqui no blog em Novembro do ano passado! Todos os factos apresentados nos artigos de opinião destes dois cidadãos são factos verdadeiros e reais! Basta assistir a uma sessão da Assembleia Municipal! Pelos vistos o Dr. Luis Ribeiro como detentor do papel de Presidente deste órgão, nas respostas que deu considera tudo normal, tudo a funcionar correctamente e estes dois cidadãos é que se lembraram de "atacar pessoalmente e politicamente" o Presidente da Assembleia Municipal! Boa maneira de lidar com a critica! Boa maneira de ocupar um cargo público! Dignifique as sessões da Assembleia Municipal, é o seu papel, mas já dizia a minha avó: faz mais quem quer, do que quem pode!
 
P.S. (nunca o partido) - não estou numa estratégica "concertada e acintosa" de comentar as palavras do Dr. Luis Ribeiro! Estou a fazer o meu papel de cidadão, tal como os restantes, quer se goste, quer não! Percebo que não se goste, quando se teima em fazer mal...
 
P.S. 2 (nunca o partido) - Como complemento a este post, fica aqui a minha análise ao artigo da cidadã Margarida Mauperrin publicado na Gazeta das Caldas da semana passada!



quarta-feira, 12 de março de 2014

6º Artigo "Pela sua saúde..." - Ligar 112 - Emergência


Em caso de doença súbita ou acidente deve ligar de imediato 112. Este é o número europeu de emergência, sendo comum, para além da saúde, a outras situações tais como incêndios, assaltos ou roubos. As chamadas efectuadas para o 112 são atendidas, em primeira linha, por uma Central de Emergência da PSP que apenas canaliza para os Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM as chamadas que à saúde digam respeito. Compete ao CODU a coordenação e accionamento dos diversos tipos de ambulância (de socorro/emergência médica, suporte imediato de vida, transporte inter-hospitalar pediátrico), motas de emergência, viaturas médicas de emergência e reanimação e helicópteros de emergência médica. O accionamento destes meios de emergência é realizado de acordo com os sinais e sintomas que a vítima apresenta no momento da chamada para o CODU. Assim, sempre que do ponto de vista clínico se justificar, o INEM envia os meios de emergência necessários para a resolução de situações que indiquem que a vítima corre perigo de vida. O tipo de meio a enviar é seleccionado de acordo com: a situação clínica das vítimas, identificada por um algoritmo de triagem específico, a proximidade do local da ocorrência e a acessibilidade ao local da ocorrência.
Esta chamada é gratuita e está acessível de qualquer ponto do país, 24 horas por dia. É fundamental facultar toda a informação que lhe for solicitada de forma simples e clara para permitir uma rápida e eficaz resposta:

·         O tipo de situação (doença, acidente, parto, etc.);

·         O número de telefone do qual está a ligar;

·         A localização exacta e, sempre que possível, com indicação de pontos de referência;

·         O número, o sexo e a idade aparente das pessoas a necessitar de socorro;

·         As queixas principais e as alterações que observa;

·         A existência de qualquer situação que exija outros meios para o local, por exemplo, libertação de gases, perigo de incêndio, etc.
As perguntas feitas pelos profissionais dos CODU são muito importantes para a actuação do INEM, pois visam determinar qual o tipo emergência e o meio de socorro mais adequado para dar resposta à situação em questão. Depois de realizada a triagem da situação, os operadores dos CODU indicam a melhor forma de proceder, enviando se necessário, os meios de socorro adequados. Desligue o telefone apenas quando o operador indicar.
Lembre-se que as chamadas desnecessárias sobrecarregam o sistema, pondo em perigo de vida aqueles que realmente precisam de ajuda imediata. O INEM alerta para esta falta de civismo, que prejudica assistência a quem precisa. Diariamente uma média de 21 ambulâncias são enviadas para situações de emergência que simplesmente não existem. Por isso é importante rentabilizar os recursos ligando 112, realmente quando se justifique, dando o máximo de informação possível para que a resposta seja rápida e eficaz. Com a colaboração de todos podemos salvar vidas! 
Enf. Miguel Miguel
Para sugestão de temas / esclarecimentos: miggim@sapo.pt

Caldas da Rainha - Cidade Termal?

Numa altura em que o Hospital Termal anda novamente na ordem do dia (nunca deveria deixar de estar), aqui fica um esboço simplista de organização do meu pensamento face a este tema. Para que não existam dúvidas naquilo que defendo e reforço, é a minha posição pessoal, embora possa ser e felizmente é, consensual com a de muitos cidadãos!
 
 

terça-feira, 11 de março de 2014

Porque quando é lindo, gosta-se!


Depois de ter dito que esta passadeira recentemente pintada, provisoriamente pelas obras em curso, junto à Câmara Municipal era uma "coisa" linda pelo seu planeamento, localização, ou melhor e mais fácil solução, a retirada do contentor do lixo dali e limpeza da lama que se acumulava no fim/início da passadeira, eis que ontem, muito agradavelmente observei que o contentor do lixo foi dar uma curva e para além da limpeza da lama, foi colocada uma calçada para elevar suavemente o passeio, quebrando o desnível. Muito bem, bom trabalho!
 
Mas se tudo isto é lindo, também é verdade que junto à Rainha, perto da entrada da Santa Casa da Misericórdia, a passadeira permite que os peões depositem o lixo em segurança nos contentores. Nada como uma Câmara Municipal preocupada com a segurança dos peões...
 
MENTIRA!!! Se fosse preocupada não tinha deixado chegar as passadeiras ao ponto que chegou. A maioria estão completamente apagadas nalgumas zonas, mas o São Pedro não tem deixado e com chuva, pintar passadeiras NUNCA!

domingo, 9 de março de 2014

Dignificar a Assembleia Municipal!

Acerca do artigo de opinião da cidadã Margarida Mauperrin sobre a falta de respeito na Assembleia Municipal, publicado na Gazeta das Caldas de 07/03, curiosamente, já em Novembro de 2013, eu tinha criticado o funcionamento da Assembleia Municipal e que se pode ler no post Primeira Assembleia, "Velha Dinâmica" onde muitas das reflexões que fiz, vão de encontro ao que este artigo de opinião da cidadã afirma!
A Assembleia inicia à hora prevista? Nunca! Marcada para as 21 horas, nunca existem membros da assembleia suficientes para começarem os trabalhos antes das 21:30! Neste ponto saliento a pontualidade do Sr. Presidente da Assembleia, que ainda assim, nesta legislatura, deixou de ser o primeiro a chegar!
Os trabalhos decorrem de forma ordeira, com respeito e atenção? Nunca! Há sempre membros da assembleia a entrar e sair da sala, conversas de fundo, barulho junto à porta de entrada que na última assembleia até foi fechada por um cidadão por não se conseguir ouvir quem estava a intervir, tal não era o barulho!
O regimento da assembleia é respeitado? Por vezes não se faz o que está no regimento, mas aquilo que é hábito fazer, em nome dos costumes! Confuso? Não, basta assistir umas vezes e o hábito domina!
A lei refere efectivamente que o público presente não pode intervir, a não ser no tempo destinado para o efeito, 30 minutos no período antes da ordem do dia, sob inscrição na mesa, antes do início dos trabalhos. E o público geralmente respeita e permanece em silêncio, contudo em momentos mais "emocionantes", o entusiasmo humano pode elevar-se e alguém emitir, umas palavras, que no caso do relatado no artigo, foram duas, foram "Muito Bem". Também é certo que o Sr. Presidente Luis Ribeiro advertiu a cidadã e outros cidadãos que o fizeram e também é certo que a cidadã e os cidadãos presentes acataram a "repreensão", por consciencializarem-se que estavam a "prevaricar". Saliento que o "mau comportamento" dos membros da assembleia é muito mais evidente e prejudica o normal decorrer da sessão, levando algumas vezes o Dr. Luis Ribeiro a chamar à atenção dos mesmos. No "Muito Bem" emitido pela cidadã e por outros cidadãos, o efeito nefasto para o decorrer da assembleia é praticamente nulo, considerando eu, uma atuação com excesso de zelo por parte do Dr. Luis Ribeiro quando comparada com outros comportamentos por parte dos membros da assembleia!
O Dr. Luis Ribeiro afirma na sua resposta ao artigo, que a cidadã veio "usar o insulto soez e pessoal como arma de combate político", quando a cidadã apenas critica o papel do Dr. Luis Ribeiro enquanto Presidente da Assembleia Municipal, cargo público que ocupa. Considero eu por isso que não tem nada de pessoal, porque não o critica enquanto pessoa, mas sim enquanto detentor do papel de Presidente da Assembleia Municipal e isso a cidadã e qualquer cidadão tem o direito/dever de o fazer senão concordar com o método ou a forma de desempenhar esse papel.
Esse papel é público, logo é um papel desempenhado para todos nós, tal como o próprio Dr. Luis Ribeiro refere ao afirmar que quer "continuar a batalhar pelos interesses dos caldenses, pelo resolução dos seus problemas e preocupações, pela dignificação da Assembleia Municipal e participação democrática de todos na vida politica caldense". Então é melhor mesmo continuar a batalhar pela dignificação da Assembleia Municipal e pela participação democrática de TODOS na vida política caldense, porque há muito para fazer e quando uma cidadã faz uma critica ao funcionamento da Assembleia Municipal e ao papel desempenhado pelo seu Presidente e esta critica, em vez de contribuir para refletir realmente no que se passa e poder melhorar se assim o entender, é vista como um ataque pessoal, a parte do "participação democrática de todos na vida politica caldense" deixa muito a desejar!
Já várias vezes o disse que saber "crescer" com a critica, revela humildade e reconhecimento que podemos ser e fazer mais e melhor. Vamos então dignificar a Assembleia Municipal com a participação de todos, pode ser? 
 

sábado, 8 de março de 2014

O dia da Mulher...

 
 
Sempre fui contra os dias temáticos, não pelo que simbolizam, mas porque tendemos a concentrar tudo aquilo que devíamos relembrar todos os dias do ano, num único dia, com toda a carga comercial associada, transformando-se não num dia com o seu real sentido, mas num dia distorcido da realidade.
 O dia da Mulher não é excepção. Porque razão têm que as mulheres ter um dia no ano? Será que a sua importância não vale 365 dias do ano? Será que a maioria de nós sabemos que o dia 8 de Março, remonta a 1857 quando as operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve? Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano. Só em 1910, na Dinamarca, numa conferência ficou decidido que o dia 8 de Março seria o "Dia Internacional da Mulher, em homenagem à centena de mulheres que morreu na fábrica em 1857, mas só em 1975, por decreto da ONU, a data foi oficializada...
Quantos de nós sabemos a que se deve este dia? Enfim, mas se em 1857, aquelas mulheres ousaram reivindicar mais direitos, ainda hoje, alguns direitos fundamentais são negligenciados perante as mulheres, embora hoje, nada se compare ao século passado no nosso país.
Mas a meu ver, a existência de um dia da Mulher, no calendário, apenas inferioriza mais a Mulher. O respeito, a dignidade, os direitos são ao longo de 365 dias do ano. Ainda hoje, na nossa sociedade actual, a subserviência perante o homem é uma realidade, mais frequente no interior do país. Embora a emancipação feminina tenha travado lutas, ainda existe a necessidade de mostrar que as mulheres não são seres menores ou inferiores perante os homens, mas sim iguais em direitos, deveres.
Quem me conhece sabe perfeitamente o valor que dou a uma mulher! Sempre acreditei  e defendi as mulheres! Para governar, para orientar, para gerir, para cuidar ninguém faz como elas. Assertivas, ponderadas, são o equilíbrio que precisamos. Pena que ainda hoje, na nossa política, as mulheres ainda sejam vistas como incapazes, num mundo potencialmente masculino.
Muito ainda há para fazer! Nalgumas zonas do globo as mulheres são escravas de si mesmas, cobertas da cabeça aos pés, noutras zonas, são mortas à nascença, preferindo-se os homens. Portugal felizmente tem sabido dar a volta e se no século passado, as mulheres nem sequer podiam votar, hoje podem ocupar cargos de destaque e isso agrada-me muito. Mas apesar de pensarmos que tudo está bem, ainda há muito por fazer no nosso país. Violência doméstica, mortes são casos habituais na nossa Imprensa!
Por isso como disse, e não concordando com este dia, por considerar que tal como o Natal são 365 dias (e não quando um homem quer), haja respeito pelas mulheres, tal como pelos homens, porque ambos são detentores de direitos, deveres e oportunidades. E por muito que se diga que há diferenças entre um homem e uma mulher, excluindo a nível morfológico, não considero nada mais, porque quando começamos a enumerar diferenças, jamais praticaremos a igualdade!
Viva a Humanidade!

sexta-feira, 7 de março de 2014

O "falar mal" dos cidadãos



Defendo uma sociedade construída com base na cidadania participativa, onde os cidadãos têm um papel preponderante no desenvolvimento das suas terras dos seus lugares. Só com a intervenção dos cidadãos, acredito numa sociedade mais justa e participativa, mais adequada e forte. Por acreditar e defender este “poder cidadão”, tenho trabalhado nesse sentido, mantendo um papel activo e interventivo nas Caldas da Rainha, em prol de um concelho mais e melhor, onde a qualidade de vida seja um dado adquirido e onde os cidadãos possam participar nas decisões políticas locais. Graças a este papel de cidadão vou intervindo no âmbito da promoção da saúde, área e premissa a quem devo muito ou não fosse a minha profissão uma das que mais responsabilidade tem nesta área. Mas não posso ficar indiferente ao que se passa no concelho, o que implica assinalar o que considero mal, o que pode ser melhorado. Para muitos não passa de falar mal, de maldizer, principalmente para os culpados dos problemas que vão surgindo, porém considero um conceito relativo, este do maldizer, uma vez que é sempre ambíguo. Contudo, para mim, sinalizar os problemas do concelho é desempenhar o meu papel de cidadão. Quem se compadece e pactua com os erros sucessivos ou com uma má gestão, não é decerto um cidadão, será quanto muito um provedor do seu umbigo e dos seus interesses. Um cidadão tem responsabilidades muito para além da sua existência. Por isso orgulho-me na postura que mantenho perante os problemas, sabendo que esta postura pode melhor a qualidade de vida dos caldenses.
Exemplo disto tudo foi a minha última intervenção na Assembleia Municipal de 11/02 onde alertei os membros da assembleia e o Sr. Presidente Tinta Ferreira para o estado em que estavam as ruas da cidade, todas degradadas, cheias de buracos, com as passadeiras apagadas e pouco visíveis e faltando nalgumas artérias da cidade, os espelhos, responsáveis pela visibilidade dos condutores. Tal intervenção foi comentada por parte do Sr. Presidente com argumentos bacocos tais como as empresas de construção têm tido dificuldades, as obras de regeneração estão em curso, os serviços municipalizados andam ocupados noutras zonas do concelho e a cereja no topo do bolo: tem chovido e com chuva não se podem tapar buracos nem pintar passadeiras. Argumentos à parte, eu não fui pedir para asfaltar todas as ruas da cidade, mas simplesmente tapar os buracos, remediando os problemas para minimizar possíveis danos que podem ocorrer nas viaturas ou até o aumento da sinistralidade. Certo é que depois dos argumentos a justificar a falta de dinâmica, dois dias depois começaram a ser tapados os buracos nas ruas (apesar de continuar a chover) e colocados espelhos que estavam danificados. A humildade fica sempre bem e assumir que realmente existia essa necessidade de manutenção das vias não fazia mal a ninguém, ao invés de se arranjar argumentos sem nexo para desculpar o que não é desculpável. Não me esqueço que falta pintar as passadeiras…
Qual a conclusão a que chegamos? Que os cidadãos têm um papel activo no futuro do concelho e é da sua intervenção que surgem melhorias significativas na qualidade de vida de todos os caldenses. Porque não basta estar sentado no café a “gerir” as decisões políticas, basta sim intervir nos locais correctos para termos respostas concretas. Se para alguns só sei falar mal, para mim apenas estou a fazer o meu papel, o papel de cidadão!

In Jornal das Caldas 05/03/2014

quinta-feira, 6 de março de 2014

Que lindo!


 
 
Acho fantástico este planeamento, esta maneira de fazer as coisas e principalmente os resultados finais! Junto à Câmara Municipal, quem quiser utilizar esta passadeira (provisória) recentemente pintada, tem de se desviar do contentor do lixo e ainda por cima pôr o pé na lama! Que bons exemplos iguais a tantos outros... Quem pintou esta passadeira não tem olhos na cara? Quem a projectou tirou o curso por correspondência? Porque não desviar o balde do lixo para o outro lado? Limpar a lama? Mais uma vez afirmo: não gosto da forma como o concelho está a ser gerido!

quarta-feira, 5 de março de 2014

Deficiência? Só em quem a vê!

In Correio da Manhã 05/03/2014

Mais um exemplo, uma prova provada que a deficiência só existe em quem a quer ver! Um cidadão com deficiência é um cidadão como qualquer outro, sem ter que ser discriminado por isso. E é com exemplos como o do João Matias que podemos mudar o paradigma. Tal como o João existem na nossa sociedade cidadãos que não baixam os braços e lutam diariamente num esforço acrescido para demonstrarem que são pessoas tão capazes e adaptadas como qualquer cidadão e como qualquer cidadão tem o direito de ter os mesmos direitos que qualquer outro cidadão. Confuso? Pelo contrário, simples se quisermos! Pena que as portas abram-se em Nova York e em Portugal fiquem fechadas, num mundo onde o corpo é levado a extremos. Numa luta diária pelo paradigma da inclusão para todos, nunca me cansarei de demonstrar que é possível e o exemplo do João é um exemplo de luta diária!