terça-feira, 15 de outubro de 2013

Dar voz a quem de direito!

 
O "novo" executivo camarário tomou posse ontem pelas 17 horas, no Salão Nobre da Câmara Municipal. Sala cheia entre convidados, eleitos e cidadãos que não quiseram deixar de estarem presentes naquele que marca o início de um "novo ciclo", ou a bem dizer, de uma "nova dinâmica".
Foi vontade expressa no último acto eleitoral do passado dia 29 de setembro, que Tinta Ferreira, candidato do PSD estivesse à frente dos destinos dos caldenses nos próximos 4 anos. Com uma enorme abstenção a brindar-nos com a sua larga maioria, a descida nas intenções de votos de todos os partidos à excepção da CDU e a entrada em cena de um Grupo de Cidadãos, que pela primeira vez ousou desafiar os caldenses a nível do concelho, numa aposta de verdadeira alternativa credível, Tinta Ferreira consegue a maioria com pouco mais de 9000 caldenses, num universo de 50000 eleitores.
As palavras de ontem do Presidente Tinta Ferreira foram de trabalho e mais trabalho, de ser o Presidente de todos os caldenses e para todos os caldenses. De ter o trabalho mais gratificante que poderia haver, ouvir e resolver os problemas das pessoas e ainda lhe pagarem para isso. Pois bem, os próximos quatro anos encarregar-se-ão de demonstrar do que esta "nova dinâmica" será capaz.
Sempre defendi e defenderei a cidadania participativa. Mais do que todas as ideologias políticas, da esquerda à direita, todas são pequenas demais para me servirem como fato. Gosto de vestir roupa larga e que não me prenda os movimentos. Sabem muito bem qual é a sensação de usar sapatos apertados, ou calças com dois números menos... Por isso a única roupa que me serve é a da cidadania participativa, a única que não me limita os movimentos, que uso em qualquer estação do ano, das cores que quiser, com tendência para o azul turquesa!
Quero com isto dizer que continuarei por aqui, tal como outros que como eu também gostam de "roupas mais largas", de olhos bem abertos, interventivos, construtivos, participativos, porque tal como Tinta Ferreira disse, as ideias boas são para ser partilhadas! Veremos!
O acto eleitoral legitima uma equipa e um programa para trabalhar e implementar, mas não legitima absolutismos nem ideias fixas. Defendo mesmo que grandes decisões para o concelho, que envolvam grandes investimentos, que sejam questões fraturantes, não devam ser decididas apenas pelos eleitos, mas abertas à participação cívica, onde os cidadãos devem desempenhar o seu papel, seja através de referendo, assembleia popular, ou outro mecanismo! Por um voto se ganha, por um voto se perde, com uma maioria se governa, sem maioria sobrevive-se, mas a melhor de todas as maiorias está nos cidadãos que sendo mais de 50000, na grandes decisões, devem ser ouvidos e não apenas os 9000 que dão corpo a um projecto e a uma equipa.
Por isso defendo como sempre defendi que a cidadania participativa não termina no acto eleitoral, mas inicia-se neste, na construção de um concelho mais e melhor.
Eu estarei por aqui e comigo muitos mais, dando voz e capacitando os cidadãos a participarem cada vez mais naquilo que no fundo é deles, para eles e apenas deles...

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