domingo, 24 de novembro de 2013

A Hipertensão Arterial

 
Os números são claros, em Portugal, existem cerca de 2 milhões de hipertensos, destes apenas metade tem conhecimento de que tem pressão arterial elevada, apenas 1/4 está medicado e apenas 16% estão controlados. Daí a extrema importância de conhecer este problema de saúde. A tensão arterial é a força que o sangue exerce nas paredes arteriais e deverá manter-se dentro de limites saudáveis, de 120 mmHg para a pressão sistólica (máxima) e de 80 mmHg para a pressão diastólica (mínima). A forma como geralmente é representada é 120/80 mmHg. Designam-se de hipertensão arterial todas as situações em que se verificam valores de tensão arterial elevados. Para este diagnóstico, consideram-se valores de tensão arterial sistólica superiores ou iguais a 140 mmHg e/ou valores de tensão arterial diastólica superiores a 90 mmHg.
Na maior parte dos casos (90%), não há uma causa conhecida para a hipertensão arterial, embora em algumas situações seja possível encontrar uma causa específica como por exemplo, doenças renais, perturbações hormonais ou a utilização de alguns fármacos. Contudo, existem situações que aumentam a probabilidade de vir a ter a tensão arterial elevada, nomeadamente o excesso de peso ou obesidade, o estilo de vida sedentário, fazer uma dieta rica em sal e gorduras e pobre em fruta e vegetais, o consumo excessivo de álcool, o tabagismo, o stress e ter predisposição hereditária.
Geralmente nos primeiros anos, a hipertensão arterial não provoca quaisquer sintomas, à exceção de valores tensionais elevados, os quais se detetam através da medição da tensão arterial. Contudo, pode manifestar-se por cefaleias, tonturas ou um mal-estar vago e difuso, que são comuns a muitas outras doenças. Com o decorrer dos anos, a hipertensão arterial acaba por lesar os vasos sanguíneos e os órgãos vitais como o cérebro, o coração e os rins, sendo um fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares como o Enfarte do Miocárdio e o Acidente Vascular Cerebral.
O diagnóstico é feito através da medição da tensão arterial e pela verificação de que os seus níveis estão acima do limite normal. Contudo, um valor elevado isolado não é sinónimo de doença. Só é considerado hipertenso um indivíduo que tenha valores elevados em, pelo menos, 3 avaliações seguidas em dias diferentes.
Não há uma cura para a hipertensão arterial. A adoção de um estilo de vida saudável, a diminuição do consumo do sal e álcool, deixar de fumar, reduzir o excesso de peso e a prática regular de exercício físico podem reduzir significativamente a tensão arterial. Se algum tempo depois de ter posto em prática estas medidas não tiver registado uma descida adequada da tensão arterial, torna-se necessário recorrer ao tratamento farmacológico prescrito pelo seu médico.
Não se esqueça, que pela ausência de sintomas no início da doença, a melhor forma de estar atento e diagnosticar este problema de saúde é avaliar regularmente a tensão arterial e lembre-se que apostar na prevenção é ganhar qualidade de vida!

Artigo de minha autoria publicado no Jornal das Caldas em 12/11/2013, ver artigo no site através do link:

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