terça-feira, 29 de julho de 2014

A saúde que não temos...

Para onde caminhamos? Poucas perspectivas de qualidade se vislumbram no horizonte!
Um Sistema Nacional de Saúde, modelo mundial, adoeceu ainda na sua meia idade, vítima de cortes sucessivos e de desvirtuação dos seus desígnios. Dentro deste sistema existem hoje profissionais sobrecarregados de trabalho, que se movimentam entre horas extraordinárias, compensando a falta de outros, unidade de saúde subdimensionadas para a população que abrange, falta de material clínico, medicamentos, respostas de saúde que não funcionam correctamente.
Vem um governo centraliza, vem um seguinte descentraliza, outro funde, outro extingue... Não existe uma política a longo prazo, mas vontades e devaneios de ministros, que de saúde pouco pescam!
A nível local sente-se o reflexo da política nacional! Caldas da Rainha, "mãe" de um dos primeiros Hospitais do Mundo, com as suas especificidades e funções, foi exemplo da assistência, hoje condenado ao abandono, quer material, quer funcional. A visão de uma Rainha, destruída em nome do progresso mascarado de retrocesso! Muitas doenças tinham cura/estabilização por estas bandas e o Estado todo poderoso, não alheio aos lobbies dos interesses, farmacêuticas e afim, decidem pôr na gaveta as comparticipações dos tratamentos termais e como tal a destruição em cadeia de tudo o que por aqui havia de melhor.
De Centro Hospitalar de Caldas da Rainha, a CHON, a CHO a NADA (Nós Abdicamos Disto Amanhã)... Evolução de conceitos, sem políticas de saúde como suporte! Cortes, racionalização, "boa gestão", reformulação, enfim, maneiras de dizer que estamos cada vez piores, onde quem por cá manda, manipula estatísticas a seu belo prazer sem nunca ter apresentado dados concretos e efectivos, apenas manipulações de duas realidades distintas, entre CHON e CHO!
Caldas da Rainha enfrenta hoje sérios problemas na Saúde ou na falta dela! A nível da autarquia muito poderia e deveria ser feito, mas a ausência total de políticas de saúde locais e a existência de um pelouro da saúde, pela primeira vez neste mandato, mas é como senão existisse, deixa muito a desejar. Deixar um pilar tão importante da sociedade como a Saúde ao "desbarato" e ao abandono, é o mesmo que dizer que problemas gravíssimos com danos irreversíveis podem espreitar a breve tempo! E a promoção da saúde poderia fazer tanto e tanto!
Efectivamente é a saúde que não temos, que não queremos, mas se calhar todos nós temos feito pouco por ela, para além de estarmos doentes...
 
 

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