terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Entendem, de uma vez por todas?

Para que fique bem claro, vou esclarecer de uma vez por todas em que consiste o meu "Eu Político".
Tal como qualquer cidadão, todos nós fazemos parte da política e a política faz parte de nós. Tal como qualquer cidadão sempre me interessei pelas formas de fazer, pelas formas de governar, pelas formas de participar, em linha directa com a cidadania participativa.
Nunca tive qualquer ligação partidária a qualquer partido, porque apesar da sua importância na democracia, acredito que a política vai muito além dos partidos ao invés de se circunscrever a estes. Para além disso, os partidos hoje em dia constituiram-se em associações pouco participadas pelos cidadãos, fechadas, muito hierarquizadas. Mas nada contra os partidos, eles existem e ainda bem. Não posso é concordar que a política e a participação cidadã se esgota nos partidos. Ainda por cima como sabemos, nos dias de hoje a sociedade está perfeitamente alheada da política e da participação na cidadania, a começar pelos indíces de abstenção nas últimas eleições que temos vivido no nosso país.
Mas tal como disse anteriormente nunca tive qualquer filiação partidária e nem sequer penso vir a ter. Facto esse que obrigatoriamente não me leva a simpatizar mais com este ou com aquele partido. Para mim todos os partidos são válidos e têm as suas propostas. Também não me interessa a esquerda ou a direita. São meras sensibilidades formatadas nas mentes dos "políticos profissionais" que não conseguem compreender que pelo mundo existem ditaduras de esquerda como ditaduras de direita que há governos de esquerda com políticas de direita e ao contrário, porque não existe uma clara definição, embora muitos tentem separar as águas.
Nesse sentido e por tudo o que disse anteriormente, não me interessa se é o PSD ou o PS ou outro qualquer partido que está a governar, interessa-me sim as opções políticas tomadas e essas claramente tenho o direito e o dever de simpatizar com elas ou discordar.
Há por aí muita gente que fala mal, chama nomes, ofende mesmo tendo por base apenas e só o partido político que está a governar. As opções políticas até podem ser boas, mas como não foi o partido político que "amam" a implementar, podem negar até que são filhos da própria mãe, mas dizer algo de positivo, ou não pedindo muito, algo construtivo, é para esquecer.
Sempre gostei de discutir assuntos políticos e perceber as diferentes sensibilidades de cada um. Até já fiquei convencido sobre temas que tinha uma percepção diferente, não posso é aceitar a superficialidade de gente que passa a vida a destruir ideias sem sequer tentar perceber o seu impacto, mesmo que seja bom. Não foi o meu partido, é para abater...
Iniciámos recentemente uma governação política do PS, com o apoio do BE e da CDU. A sua legitimidade para governar é tanta como a sua existência actual. Foram eleitos por maioria parlamentar, porque é isso mesmo que as eleições legislativas originam, um parlamento e o resultado das eleições foi de uma maioria de três partidos que decidiram através de entendimentos formar governo. Têm por isso para mim toda a legitimidade, ao contrário dos argumentos da tradição e de que nunca tal tinha acontecido, como se a tradição fosse lei para alguma coisa!
As opções políticas tomadas até agora por este novo governo são do meu agrado. É certo que as coisas podem correr bem ou correr mal, mas como não faço futurologia nem especulação, vale zero para mim. Porque também o anterior governo tinha colocado o país nos eixos e afinal nem tudo foi um mar de rosas a começar pela sobretaxa que era quase uma bandeira e não passou de uma grande mentira apenas usada para ganhar votos, ou o Banif escondido porque não interessava ou outras coisinhas que vão aparecer entretanto por aí...
Nenhum governo é perfeito, nenhuma forma de governar é fácil, todos têm defeitos, todos têm virtudes. Achei que a governação PSD/CDS teve muitos defeitos e só posso desejar que este novo governo tenha sucesso nas suas opções políticas, porque acima de tudo sou português e só quero que Portugal siga em frente. Para muitos infelizmente, ficam felizes que as coisas corram mal apenas porque a sua filiação partidária não é a dominante no momento, tenho pena dessa gente.
Concluindo, não é por simpatizar com as opções políticas tomadas até hoje por este novo governo, que faz de mim um filiado no PS, ou um militante de esquerda, entenderam?

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